Às vezes que eu senti não foi em vão. As vezes que eu parei pra chorar teve uma razão. Queria enxergar com os olhos de quem um dia pode sorrir, me jogar de braços abertos com a certeza e arrancar de dentro de mim essa escuridão.
Às vezes eu só queria ser “aquela guria” e rasgar os velhos livros que não leio mais, mas que guardo na infinita caixa das velhas jóias. Somos os únicos a colecionar lembranças, feridas. Se protegermos tanto de certa forma há uma importância.
Não te vejo mais. Não respiro mais. Tento viver mais.
A esperança que eu guardo deveria morrer, já atiraram contra ela pra isso, e porque não a matou? Já contei até dez e nada mudou. Já busquei outro cais e de nada adiantou.
Digo-te, não joguei tuas cartas fora, e nem tenho coragem para isso, posso estar me prendendo à dor e não vejo jeito de sair. Isso tudo levou a minha paz.
Não existe nada dentro de mim. Um alguém percebeu o que eu sempre tento expressar, o sentimento que eu pulverizo em forma de palavra escrita. E dói demais.
Não ter alguém aqui.
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“Hoje eu vivo, tentando fugir de um abismo que insiste em me ferir.”
Não jogue as cartas fora.
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