A coisa mais importante talvez nunca existisse. E a sua ausência nunca me matou. Nem a sua ignorância de um passado que foi perdido, jogado e hoje escondido por medo de ser lembrado.
A mata, o rio, os animais, e todos os seres da natureza, nunca foram venenosos, quanto as tuas palavras. Quanto, o teu olhar.
O que te sufoca é o mesmo que te alivia, quando tentas procurar ajuda. Aquela ajuda que tu desconhece que nunca existiu, mas com todo esse veneno jogado tu á procuras cada vez mais.
Toda a dor que tu sentires, toda a bruta maldade que tu colecionares nunca vão passar de um papel. Aquele que tu atua e o que alguém escreve.
Não são os meus olhos que enxergam menos, nem a minha garganta que tem sede demais de catar algumas palavras pra tentar fazer teu órgão dar sinal e acordar de um sono profundo. O sono que eu sei que nunca será interrompido, que ao acordar dormirá bem mais, pra longe daqui, mas que mesmo com todos teus venenos e com todos meus medos eu nunca vou deixar de tentar tirar esse sufoco de dentro de ti.
Talvez tu não as escute, nem a melodia de cada canção. Talvez tu nunca leias cada palavra escrita em uma folha qualquer, talvez tu as julgues e esconda essa ambição, mas toda a noite tu se lembrarás de como tu foi um dia.
O veneno pode até matar, mas o sufoco tortura.
O que nunca foi dito, foi ferido com um olhar.
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