domingo, 1 de janeiro de 2012

Que se chama o coração.

O amor é como um rastro que sempre persegue você, e qualquer lugar que esteja é capaz dele te cegar. A gente nunca escolhe quem vai dizer que sim, e pra quem vai querer fugir e não olhar na cara. De todas as coisas vividas, e as maneiras que a vivi, já tirei muita nota disso, ao ponto de hoje não acreditar sobre mais nada nessa droga que se chama de amor. É ali que surgem as tuas piores lágrimas, e chegam o desespero do filme que nunca acaba, e que cada vez mais é recordado dentro da tua memória fraca de quem um dia tentou não lembrar.
A gente não pede pra lembrar. Não pedimos pra chorar, só pedimos pra amar. Só que o amor, como qualquer outra droga, vicia, e sempre deixa a marca. A marca da solidão, angustia depressão. A droga que tu não vive sem, que tu necessita, que tu chora dias e noites, pra que tudo aquilo acabe bem. De mãos atadas muitas vezes não sabemos pra aonde remar, e conseqüentemente remamos para cada vez mais longe da grande chegada.
Tinha muitas verdades inventadas, grandes sorrisos falsos, e muitos choros perdidos. Depois de um tempo tu sempre descobre a poeira do baú, por mais longa, e grossa que ela seja um dia tu a limparás, mas sempre terá a marca do tempo. Depois de muitas surpresas criamos ainda o que todos chamamos de esperança, que nos ainda faz delirar, noites e noites, tentando acreditar nessa tua grande mentira.
De olhos vendados, ninguém enxerga, e quase sempre se fere por achar que sabe de tudo sobre a mina da ilusão. Na verdade, tu nunca sabes, e cada dia tu descobre coisas novas, sobre essa droga que vicia. Ela não mata, apenas machuca, e como todo machucado deixa a cicatriz, só cabe a mim, e a ti não lembrar. Para lembrar não é preciso substituir e sim acreditar que um dia tu possas sorrir de verdade.
Não tenha medo de arriscar aquele amor. Jogue tuas fichas nele, mas não todas guardem algumas para reserva, porque na verdade o jogo sempre acaba.

O que o tempo leva, a saudade destrói. 

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