Minha emoção.

Segurei a emoção, dentro de uns instantes eu vi. “A arte de fingir”. Foi constante a minha emoção, sem pensar, foi totalmente ao contrário de um pensamento de tempos atrás.

A lágrima não rolou, o peso se calou, o medo fugiu. Queria ter a certeza de tudo que vi, e por um único instante enxerguei isso.  Meus passos sem direção apontaram pra um caminho óbvio. Eu simplesmente sorri, cantei e como um plágio de uma canção, chorei.

“Estou livre. Livre dos olhos de quem sempre me cercou. Mais eu não paro. Ainda estou a tempo de encontrar teu sorriso, que me libertou.” 

Essa frase é a mais linda de todas, a partir do momento que alguém faz um gesto que te deixa a pensar. Esses sorrisos me libertaram, e me deixaram com um sorriso no rosto, sem a lágrima em um olhar.

Eu cantei e sorri, senti o peso das guitarras, cada momento era uma canção que me dava mais coragem. Foi o primeiro, mais não foi o ultimo. Não sei explicar o que senti na hora, sei que não consegui chorar muito, só sorria, e não acreditava nas imagens estampadas que via. Lembro-me de muitos momentos e nenhum foi tão importante pra mim quanto este.

Não tive medo. Pela primeira vez que quis ir atrás do sorriso. Eu batia sempre de frente com o medo, e sempre caia mais algo me deu força para voltar e arriscar, então eu acordei num mar de canções, cheias de sorrisos, e uma platéia que cantava alto, chorava e fazia aquilo ser real.

“Esses sorrisos nunca foram tão bom assim, sempre caem contra mim, eu nunca mudei de endereço, e nem me deixei levar pelo mar, com nova embarcação.”

Eu senti, tudo e pude ver de perto, quando eu dizia que conseguiria não era em vão. A coragem que criei, não foi em vão. Noites que não dormi, o medo que eu senti, se parei pra chorar teve uma razão. Sempre disse que estava livre, mais eu despertei segundos depois da pequena orquestra que tocava uma grande canção. Não tive medo dos meus próprios medos, eu não tive preça, e nem passei na frente de ninguém, pra chegar a ver a tua luz, o teu sorriso.

Aquela noite eu nunca esqueci, e ninguém vai tirar isso de mim, demorou muito, levou muito, quase 6 anos, para a alegria me ver chorar. E tudo que vi foi mais, foi o sorriso que sempre tentei encontrar. Não importa o tamanho do teu medo, se ele vai longe, se mora perto, aonde se esconde, ele sempre vai existir, eu deixei isso invisível, durante aquelas horas que fiquei ouvindo algumas canções, e hoje, eu posso dizer que ele não te afeta em nada.

Crescer, brincar, sorrir, amar, chorar, sentir, dizer, se arrepender, crescer, entender, soluçar, viver, querer, aprender e nunca desistir. 

O medo não andou comigo, ele foi pra trás, há tempos atrás, quando eu nasci.

Eu só tive medo, de não nascer.

No final daquela noite eu reenasci. 

Aonde está o amor?

Ele voou pra longe, e cada dia voa mais, a distintos lugares que a solidão não alcançou. E o medo já não visita mais.

Aonde foi parar a coragem?

Nos braços de alguém, que nunca sorriu de tanta felicidade, mais que chorou de tanta alegria.

DEIXE QUE O MUNDO TE INSULTE,

DEIXE QUE O MUNDO BRIGUE COM VOCÊ

MAIS JAMAIS CONTE SEUS PLANOS A ELE

ELE IRA FAZER DE TUDO PRA TI NÃO SER

ALGUÉM

“Não, não, eu não vou desistir assim.”

Mais de mil canções perdidas, que nunca vão de encontro a mim. Que chegaram pra eu ouvir. Eu cantei, mas não escrevi essa canção, sem dizer teu nome, ainda tentando dizer.