Goodbye

 Já caminhei, já andei pra trás, já cai, já me perdi, já cantei, já gritei já me ergui. E to tentando voltar. Fui obrigada a me acostumar nesse ritmo que nunca parece ter fim, ele é complicado demais cheio de arestas, mas o mundo precisa passar por ele e dizer que passou.

Fui obrigada a me acostumar a certas coisas que não estaria acostumada a fazer. Tive vontade de fugir, mas pra quê, Se ninguém iria seguir os passos dessa solidão?!

Vesti-me de super homem e de mulher maravilha para me proteger melhor e acabei caindo em uma poça que eu nunca desconfiei que fosse me derrubar. Ela era pequena, estava inepta a me machucar, ou eu pensei que estivesse, dei um pulo pra trás e lá estava eu, me afundando em mais uma armadilha da vida.

Dei-me conta quando senti a dor do cansaço. Olhei pro tempo e vi o atraso que eu causei. Sim, eu sei que pra eu desembarcar lá eu tenho que correr atrás, mas não era bem assim que eu planejei, eu posso, devo e quero esperar. Mais não assim. De um jeito que tudo esteja andando pra frente.

Aquela poça não me fere mais, não por ser inferior a ela, mais porque ela já não tem “capacidade” pra me fazer cair. Tudo que ela faz, fará não me afeta. Eu já me acostumei a ter que ver ela lá. A ter que passar por ela. Isso não me importa mais.

Essa poça é igual às outras, ela já chorou, já fracassou mais também amou. Ela tenta derrubar todo o mundo mais ninguém nunca passa por cima dela. Eu só pulei, evitei-a de ferir. Esses dias vi ela, e resumi o que eu nunca tive coragem de falar. Foi ai que eu percebi, que tudo aquilo era mais forte do que a poça. E ela não chorou de dor. Mais ficou pensativa até hoje.

Só quem tem o desejo de um sonho, quem acredita, quem espera, sabe de todas as palavras mais profundas que alguém tentou cantar.

E assim a gente é bem maior.

Um dia eu escrevi uma canção, ela não terminava com Goodbye e mandei pra longe de um coração, com uma angustia que não deixa o meu em paz.

- Pra que fugir, se ninguém vai seguir meus passos rumo à solidão?

-

- Goodbye.