Perdão.

Não sei por onde começar. Às vezes brigo com o mundo e isso me faz pensar. Nem eu mesma me entendo mais. Só lembro-me de sentar no alto e dizer o que eu queria mudar, o que eu queria ser, falar, tudo que nunca disse, mais com uma melodia. Já revirei e encontrei mil canções, versos sem refrões, mas nenhuma delas feliz.

Já não sei o que eu quero fazer, o que eu quero ser, e isso me destrói cada dia mais. Eu ainda continuo em cima do muro, tentando sair daqui, mais algo me prende entre a solidão. To tentando sair, e não tenho data pra fugir, muito menos pra tentar. Eu vivi tentando, tentando com medo de fracassar, e esse medo me atropelou tantas vezes que eu nem sei mais aonde chegar. Já me perdi nos passos.

Mais daí eu encontrei, eu sempre encontro alguém no mesmo lugar, e acabo jogando um monte de palavras, por achar que isso não ia me ferir. Mais feriu. Eu senti tanta dor, a dor da solidão, da angustia, do medo e do fracasso, a dor de dizer adeus, (mesmo querendo dizer), a dor que nunca se acabou, a dor de não merecer. Era tão grande que eu senti saudade de sumir, e só voltar quando tudo estivesse bem, ou talvez nunca mais.

Não tenho idéia de como o mundo pensa, se pensa da mesma forma, do mesmo jeito, ou se pensa em algo, só sei que eu pensei, e penso cada dia mais, sempre procurando um caminho pra que não haja dor. Só depois de muito tempo eu descobri que não existia esse caminho, todos eles têm rosas carregadas de espinhos, espinhos que insistem em nos ferir.

“Desculpa se te magoei, não foi a minha intenção, eu sempre tentei te mostrar o quanto tu era importante dentro do meu coração.”

Eu nunca escrevi diretamente, mais hoje dedico isso tudo, há alguém muito especial que nunca me fez chorar, sempre me fez, de certa forma, sorrir. Obrigada Zamim.  TEAMO.